A Apple foi duramente criticada pelas acusações de que seu antigo fornecedor de GPUs móveis, Imagination Technologies, atacou a gigante tecnológica de Cupertino. De acordo com a fabricante do iPhone, as "alegações infundadas" da Imagination feitas recentemente em seu relatório anual aos investidores são "imprecisas e enganosas", informou a Bloomberg na sexta-feira.
A Apple está convencida de que a Imagination sabia há muito tempo que seu relacionamento comercial estava terminando, explicando que começou a trabalhar com a empresa britânica desde que o primeiro iPhone foi lançado em 2007 e parou de aceitar novas propriedades intelectuais em 2015.
Um trecho do artigo:
Em 2016, a Apple disse à Imagination que estava diminuindo ainda mais o relacionamento iniciando uma cláusula em seu contato que permite que a Apple pague uma taxa de royalties mais baixa pelo uso de uma quantidade menor de propriedade intelectual.
Em fevereiro deste ano, a Apple disse à Imagination que estava encerrando o relacionamento por completo e não faria mais nenhum pagamento de royalties já em 2018.
Basicamente, a Imagination sabia há dois anos dos planos da Apple de abandonar seus projetos de GPU.
A declaração contradiz o CEO da Imagination, Andrew Heath, que disse a investidores em uma teleconferência esta semana que a Apple havia informado a Imagination no final de março "Que eles estavam certos" de que os dispositivos iOS lançados em 2018 ou no início de 2019 não usariam mais os designs de GPU da Imagination.
Ele acrescentou que "não aceitamos a posição da Apple" de que ela poderia construir seu próprio sistema e chamou a decisão da Apple de parar de fazer pagamentos de royalties à Imagination "sem fundamento".
A Apple disse em comunicado à Bloomberg:
Começamos a trabalhar com a Imagination em 2007 e paramos de aceitar novos IPs em 2015. Depois de longas discussões, avisamos em 9 de fevereiro que esperávamos encerrar nosso contrato de licenciamento, pois precisamos de IPs únicos e diferenciados para nossos produtos. Valorizamos nosso relacionamento passado e queríamos avisar o máximo possível para adaptar seus planos futuros.
No centro da disputa: a decisão da Apple de abril de 2017 de abandonar as plantas de GPU proprietárias da Imagination em favor de GPUs projetadas internamente para iPhones e iPads. O anúncio chocou os investidores da Imagination e causou um colapso de suas ações em mais de sessenta por cento.
A imaginação acabou se colocando à venda.
É improvável que a Apple, dona da Imagination, faça uma oferta, segundo a Bloomberg.
A Imagination tem argumentado desde então que seria impossível para a empresa de Cupertino projetar suas próprias GPUs móveis sem violar a tecnologia proprietária da Imagination.
Diz-se que a empresa de Cupertino já cortou os pagamentos para projetos de GPU Imagination licenciados de 30 centavos para apenas 10 centavos por iPhone. Analista acha que a Imagination terá dificuldade em permanecer no negócio como uma empresa independente sem a Apple como seu principal cliente.