Após o passo incomum de anunciar uma ampla revisão antitruste dos principais gigantes da plataforma do Vale do Silício, parte do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, um novo relatório divulgado sexta-feira alega que oito estados dos EUA podem investigar separadamente os gigantes da tecnologia.
Os estados se reuniram ontem com o procurador-geral dos EUA, William Barr, para conversar sobre como o chamado setor de Big Tech pode afetar a concorrência e revisar várias ações antitruste, disse o escritório do procurador-geral do Texas em comunicado citado pela Reuters..
O grupo bipartidário manteve discussões centradas em "grandes empresas de tecnologia que sufocam a concorrência na internet", afirmou o comunicado. Os outros participantes não foram identificados, embora outros quatro estados tenham sido identificados como participantes. "Foi uma reunião produtiva e estamos considerando uma série de possíveis ações antitruste contra essas empresas", afirmou o comunicado..
Embora o Departamento de Justiça não tenha identificado as empresas de tecnologia digital que está investigando quanto a possíveis comportamentos anticompetitivos, o comunicado à imprensa pareceu referenciar Alphabet, Amazon, Facebook e potencialmente Apple.
A investigação pode não dar em nada, mas não há como negar que uma investigação abrangente de tio Sam, realizada por algumas das maiores empresas do mundo, pode ter consequências duradouras. Os republicanos no governo Trump pedem uma revisão da Big Tech há algum tempo. Como se isso não bastasse, a senadora Elizabeth Warren, candidata presidencial democrata, vem pressionando pela quebra da Big Tech, argumentando que empresas como Amazon, Facebook e Google devem ser forçadas a alienar empresas que compraram.
Essas são algumas idéias perigosas de pessoas que realmente não entendem o Big Tech.
Executivos da Amazon, Apple, Facebook e Google foram questionados sobre sua influência no mercado durante uma recente audiência no Congresso. Um executivo da Amazon, por exemplo, foi questionado sobre as alegações de que o maior varejista online do mundo competia contra seus próprios vendedores. O governo também queria saber sobre a política de privacidade em rápida mudança do Facebook e se o Google está rebaixando os rivais nos resultados de pesquisa.
Quanto à Apple, um representante da empresa Cupertino foi questionado sobre sua influência no mercado de aplicativos para smartphones e compras no aplicativo. Os críticos da Apple há muito reclamam da taxa de 15 a 30% que a empresa cobra pelas vendas de aplicativos e assinaturas da App Store. Em março, o Spotify validou objeções que giravam em torno do modelo de negócios da App Store ao registrar uma queixa antitruste contra a Apple junto ao órgão de fiscalização da concorrência da Europa.
A Apple negou qualquer irregularidade em uma carta aberta publicada em seu site.
Mas a pressão sobre a empresa continua aumentando. Em abril, a Autoridade Holandesa de Consumidores e Mercados lançou uma investigação sobre se a gigante da tecnologia de Cupertino está dando tratamento preferencial a seus próprios aplicativos. Uma investigação recente do Wall Street Journal também alega que os aplicativos da Apple estão sendo priorizados nos resultados de pesquisa